terça-feira, 22 de maio de 2012

Lições Apreendidas


Antigamente os empregos eram mantidos pelo conhecimento que cada um tinha e ninguém mais tinha. Um programador cobol tinha seu emprego garantido por ser o único a saber mexer no programa de folha de pagamento. OK, ainda existe isso.

Hoje, vivemos na tal era da informação, era do conhecimento, mas principalmente a era do compartilhamento de conhecimento. Pense bem, claro que é importante manter seu emprego, ter conhecimento, saber da coisas, etc. Mas como fazer pra tirar férias? Vai ficar atendendo o telefone na praia? E suas ambições de crescimento? Tem a necessidade de se tornar chefe, subir na empresa, chegar a ser diretor? Quem vai ficar no seu lugar?

Por si só, compartilhar conhecimento é fantástico para o crescimento da humanidade. Mas além disso, criar uma linha de sucessão é muito importante para o seu plano de carreira. Quando você se torna muito bom e especialista em algo, acaba ficando sempre naquele algo. O seu chefe não é louco de te tirar dali. Pense nisso.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

A Constante dos Relacionamentos


Certo dia ouvi uma frase que até hoje me deixa impressionado a sacada do negócio.

“De todos os seus relacionamentos que deram errado, a única constante era você”
Infelizmente, autor desconhecido.

Trabalho há muito tempo com o governo, sempre atendendo como cliente. Seja fábrica externa ou interna. Percebo um ciclo constante de “relacionamentos” que dão errado. O governo busca um determinado serviço, faz seus editais cheios de critérios e cláusulas a seu favor. Por outro lado as empresas arrumam seus títulos e dão um jeito de participar do leilão.

A vencedora é escolhida e começa imediatamente a lua de mel. Conversando tudo é possível, e papel aguenta tudo. Caderninhos são apresentados, canetas, blocos de notas. De repente todo o órgão vestiu o material de escritório do fornecedor. Maravilha. As reuniões são divertidas, todos riem, contam piadas, enquanto mascam as balinhas em cima da mesa.

O primeiro projeto atrasa, nada de brigas. “Estamos em processo de adaptação, era esperado”. Ninguém multa. Até que isso se torna constante, quase 1 ano de contrato, e nada foi entregue. Surge a primeira grande reunião para acertar os pontos. Ambos assumem suas culpas e a promessa é renovada. “Renovamos por mais um ano, toquem o sino”. O segundo ano é mais confuso ainda, e o terceiro só começa pois ninguém conseguiu fazer o novo edital para licitação. Começam as renovações de emergência, 6 meses. A situação se tornou insuportável, gritos, ameaças e socos na mesa, além de ofícios de notificação e multas aplicadas. O fornecedor manda uma equipe para dentro do cliente. “O problema é ser remoto, vão lá e resolvam”. É o famoso “dar um gás”.

Finalmente o cliente termina o edital, que curiosamente estava pronto 3 anos atras. Licita, temos outra vencedora, a esperança se renova. Papel aguenta tudo. O preço é menor, e pior do que a anterior não é possível, o otimismo reina. Esse é o primeiro sentimento: estava tudo errado com a outra. Até que a história se repete: “tudo isso já aconteceu antes, e acontecerá novamente”. O sentimento muda: “ei, até que a outra empresa não era tão ruim assim”. Mas a empresa anterior já está em lua de mel com outro órgão.

Quem ganha com isso? O governo não tem os serviços que queria, multar não é o objetivo. Mesmo aos trancos e barrancos o fornecedor acaba lucrando.

Nesse exemplo, quem é a constante dos relacionamentos?

terça-feira, 15 de maio de 2012

Senhas


Muitos tem problemas com senhas. Precisam anotar num papel, ou utilizam aniversários. A maioria das fraudes acontecem por esse motivo, e não por culpa da segurança do sistema ou internet.

Mesmo aqueles que conseguem criar uma senha e decorar, acabem cometendo outro erro grave: repetir a mesma senha para todos os serviços.

Outro problema: senhas do trabalho exigem números, letras, símbolos especiais, e tamanho mínimo de caracteres. E o pior, precisam ser alteradas de tempos em tempos.

Primeiro a regra:

Utilize o padrão [RADICAL][SERVIÇO]

O radical deve ser a parte forte da senha. Utilize letras, números e símbolos especiais.

Exemplo: j040&m4r1a

Só isso já torna sua senha melhor do que a grande maioria. Mas imagine alguém pegue sua senha, pode causar transtorno no seu e-mail, facebook, twitter, etc.

Por isso, é interessante não utilizar a mesma senha para tudo. O segundo passo seria criar um forma de identificar o serviço.

Exemplos:
A primeira letra do serviço: F para FACEBOOK → j040&m4r1aF
0 se a primeira letra for vogal, 1 se não for: 1 para GMAIL → j040&m4r1a1


No caso de senhas que mudam constantemente, como no trabalho por exemplo, você pode usar o mesmo radical seguido do mês e ano:

j040&m4r1aMai12
Próxima: j040&m4r1aJun12

Exceções:

  • Muitas vezes não queremos ter uma senha complexa pra um serviço bobo. Um joguinho, um fórum, ou qualquer outro serviço que não teria impacto algum perder a senha. Para isso você pode utilizar seu próprio nome, ou algo bem familiar, um apelido. Realmente não vejo problema nisso.
  • Senha de banco só aceitam números, a maioria. E ainda tem as sílabas/letras aleatórias. Nesse caso, bole uma senha com cálculos: pode usar como semente o dia do seu aniversário, 5[5+ mês do aniversário] = 511[Some tudo] = 5117. Cuidado, isso pode ficar mais complicado do que simplesmente decorar um número qualquer. Quanto as sílabas aleatórias, você deve formar uma frase, algo parecido com as famílias da tabela periódica: Be Ca Po – Beba Cachaça Portuguesa.
  • O pior cenário acontece quando o seu radical não pode ser utilizado em determinado serviço. Tem serviço, por exemplo, que não aceita caracteres especiais, então adeus o &. Elimine o símbolo e deixe o resto igual. Você vai acabar tendo que testar algumas alternativas, mas não pode ser muitas. Alguns lugares só aceitam 3 tentativas antes de bloquear.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

ERP – Excel Resolve Problema


Constante trabalhamos com planilhas. São extremamente poderosas e eficientes.
Além disso, não dependemos de uma TI engessada para conseguir um “sisteminha”.

Praticamente é possível fazer tudo com planilha. E olha que estamos apenas arranhando a superfície com as fórmulas padrões. Poucos sabem que é possível codificar por baixo com VBA.

Particularmente sou contra comprar livros sobre ferramentas, pois geralmente possuem excelentes manuais. Acho que temos uma preguiça enorme de ser autodidata, sempre achamos que precisamos de livros e professores. Antes os primeiros do que os segundos.

Uma das fórmulas mais bacanas, simples e poderosa chama-se PROCV.

Com o PROCV é possível acessar automaticamente a informação desejada de uma determinada linha de uma tabela.



É importe que a chave da busca esteja à esquerda do dado almejado. No nosso exemplo utilizamos o nome como chave, assim poderemos obter qualquer outro dado a direita.

Sintaxe da fórmula: PROCV(Critério da Pesquisa, Matriz, Índice, Ordem de Classificação)
onde:
Critério de Pesquisa = chave que deseja buscar, exemplo “Pedro”;
Matriz: Intervalo de dados, exemplo: A2:D7 (A2 = Maria, D7 = 111);
Índice: índice da coluna que queremos obter, exemplo: 2 para obter a idade;
Ordem de Classificação: opcional, confesso que nunca entendi esse campo. Nunca usei.

A fórmula aplicada:
=PROCV("Pedro";A2:D7;3)
Resultado: Recife.

Planilha não é “bala de prata”, e não deve ser utilizada para gerenciar uma empresa ou setor. Por mais oneroso que seja, muitas vezes, com o aumento da complexidade, é melhor comprar ou construir um sistema.

Ferramentas:
BrOffice.Writer
BrOffice.Calc

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bom x Ótimo




Alguém já ouviu a expressão “o ótimo é inimigo do bom”?

Eu cito diariamente. Geralmente as pessoas tentam resolver seu problema de uma única vez, um único tiro.

Amanhã só como alface;
Chega de gastos, amanhã cancelamos até a luz;
Vamos implantar o sistema completo de uma vez só;
A partir de amanhã teremos um Escritório de Projetos;

Tudo mundo sabe que a maioria dessas ações não vai sair conforme o “planejado”.

A maturidade é adquirida de forma gradativa. Alguém já nasceu correndo? Não, daí a expressão “baby steps”, ou passos de bebê, imagine todo o trajeto de desenvolvimento de um cara que vai correr a são silvestre em 2013. Ele nasceu depois aprendeu a sentar, engatinhar, ficar de pé, dar uns passos desequilibrados, andar, cair, andar mais rápido, cair, andar, cair menos, correr, ah você entendeu.

Quando se controla os gastos domésticos muitos sentem dificuldade nas categorias. Qual deve ser o nível de categorias? Supermercado ou higiene, comida, limpeza, frutas? Quanto mais você detalhar mais chance terá de se perder. Pense bem, você nunca sequer anotou um gasto, e de repente tem 50 categorias para escolher. Isso vai te fazer desistir.

Comece aos poucos, na dieta corte o refrigerante primeiro. Na economia doméstica use macro categorias: habitação, transporte, supermercado, luz, água, telefone,...

Mudanças raramente são bem vistas, trata-se de uma quebra de paradigma, pessoas não gostam, pois são forçadas a sair da zona de conforto.

Lembre-se: regra geralmente tem exceção, inclusive algumas podem não ter.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ferramenta Nova


Escuto direto: “essa ferramenta é uma merda”.

“Não sei como alguém consegue usar essa porcaria, onde fica o negrito?”.

Fato: pessoas odeiam mudanças.

Adoram ficar no marasmo e zona de conforto.
Até a simples mudanças dos menus do MS OFFICE causou um alvoroço.

“Meu DEUS, ondem estão as minhas coisas?”.

Duas coisas, quando se xinga uma ferramenta:

1. Você é que não sabe usar.
2. A ferramenta não funciona.

99% das vezes é o item 1.

Word vs Writer

O primeiro erro é querer abrir um documento do word no writer e achar que ele vai abrir com a mesma formatação do primeiro. Não VAI! São ferramentas diferentes. O inverso também não vai acontecer.

Já tentou criar um documento “do zero” no writer?
Ele faz praticamente tudo que o word faz, de forma diferente, mas faz.

OK. Se for pra escolher a melhor ferramenta, talvez, depende dos critérios, o OFFICE seja a melhor. Mas isso não significa que o BROFFICE seja uma porcaria, e não é.

Procure pesquisar, saber como faz, como inclui sumários, como trabalhar com formatações automáticas. Como colocar um dicionário. Leia os manuais, não sei como alguém pode comprar um celular e não lê o manual. Pessoas queimam produtos por não saber se é 110 ou 220.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Orçamento Mensal



Não tenho como objetivo tratar exceções, vamos à regra:

Nosso salário é mensal.

Mas nem todas as nossas contas se repetem com essa frequência, certo?

Ah, estou longe de ser exemplo de organização de contas e economia doméstica, mas eu sei o que deve ser feito :-)

Temos contas como IPVA, Seguro do Carro, IPTU, etc que tem periodicidade anual.

Parece que estamos tentando encaixar um quadrado num círculo.
O ideal seria passar o ano juntando mensalmente 1/12 do valor anual da conta.
Nosso 13º ajuda muito, mas nunca é suficiente.

Portanto, em fevereiro você já deveria separar o 1/12 da conta pra janeiro do ano seguinte.

Muitas contas desse tipo tem desconto se for paga a vista.

Numa escala menor temos também os supermercados.
Compramos no chute as porções, “põe ai 5 kg de arroz”.

O certo seria medir o consumo de arroz por mês. E não comprar arroz por 3 meses, ficar 3 meses sem comprar. Assim você nunca vai saber quanto custa seu supermercado.

Obviamente ninguém sabe quanto gasta de arroz por mês. Ao abrir o pacote e despejar no depósito, use uma etiqueta marcando o dia que começou a utilizar o produto. Ao acabar, anote na mesma etiqueta o dia que terminou. Pronto, assim vai saber quanto dura um quilo de arroz, uma lata de leite em pó, um pacote de fraldas, detergente, etc.

Pronto, agora suas contas se tornaram mensais.